SINEPE/RS nega reposição do INPC em março

Técnicos e administrativos do Ensino Privado do RS, da base territorial da Federação dos trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Privado (FeteeSul), deram continuidade, na tarde desta terça-feira (29), às negociações da Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016 (CCT) com o Sinepe/RS, na terceira rodada de debates. Os representantes dos sindicatos do RS se reuniram das 15h30 às 17h. Participaram o Sintae/RS, Sinteep Noroeste, Sintep Vales, Sintep Serra e Sintee Norte.

Nas duas câmaras, Educação Básica e Educação Superior, foi apresentada proposta por parte do sindicato patronal de reposição salarial de 11,08% (INPC) parcelado e sem compensação.

Conforme o coordenador geral da FeteeSul, Celso Woyciechowski, esta proposta está muito aquém das necessidades da categoria, que já sofre com os prejuízos da não reposição da inflação. “Não negociamos na perspectiva de quebrar instituições. Mas também não podemos negociar na perspectiva de passar fome e de não conseguir pagar nossas contas. O que buscamos aqui é a razoabilidade. Temos certeza de que o parcelamento do reajuste que está sendo proposto não é nada razoável”, ponderou.

Economista do Dieese apresentou dados relativos aos reajustes salariais realizados em 2015 e os já realizados em 2016. Os dados mostram que, no ano passado, 52 categorias de trabalhadores tiveram aumento real – acima da inflação. Informações do Dieese também demonstram redução de 21% dos salários na comparação entre demitidos e admitidos em instituições de Ensino Privado no Rio Grande do Sul.

Educação Básica:

A reunião iniciou com a solicitação de pauta do sindicato patronal Sinepe/RS para debate sobre o calendário escolar. A comissão das instituições lançou debate sobre a compensação do feriado escolar nos sábados (feriado ponte) - o que já é aplicado para os professores - também para os técnicos e administrativos que tenham recesso durante a semana. Atualmente não há cláusula que discipline a ação.

Os representantes do patronal também sugerem alteração na cláusula 51 da Convenção Coletiva de Trabalho, que trata do banco de horas. A assessoria jurídica da comissão da FeteeSul afirma que, antes de incluir um novo parágrafo na cláusula na convenção, cada instituição deve adotar um sistema de crédito e débito para utilizar, a critério da escola, desde que não contrarie a própria convenção ou a CLT. Os representantes dos técnicos e administrativos ficaram de avaliar proposta de datas com suas bases sindicais.

Próxima rodada:

A quarta rodada de negociações da Campanha Salarial 2016 está agendada para a próxima terça-feira (05/4), a partir das 14h, na sede do Sinepe/RS.