Quarta rodada de negociações é marcada por impasses sobre questões financeiras.

Na quarta rodada de negociações da Campanha Salarial 2016, os dirigentes dos sindicatos filiados à FeteeSul, representantes dos técnicos e dos administrativos do Ensino Privado do RS intensivaram o debate das cláusulas econômicas, especialmente quanto ao reajuste salarial.

Educação Básica

A expectativa do Coletivo de Campanha era de que o INPC seria pago integralmente já em 1º de março, mas o Sinepe/RS orientou às instituições o adiantamento de apenas 6%. De acordo com os técnicos e administrativos, o parcelamento do salário poderia ter sido cogitado se houvesse outros avanços na negociação, como vale-transporte ou vale-alimentação.

Esses benefícios começaram a ser discutidos na Campanha Salarial 2015 e estavam previstos avanços para este ano, mas com o atual cenário econômico o Sinepe/RS solicitou que o debate seja adiado para 2017. “Sem avanços no vale-alimentação e transporte, não temos como apresentar para a categoria um parcelamento do INPC. É incogitável”, afirma o dirigente do Sintae/RS, Luiz Gambin.

A proposta final dos técnicos e administrativos posta na mesa para o Sinepe/RS é de adiar o vale-alimentação desde que não ocorra parcelamento do INPC, sendo requisito o pagamento do índice de 11,08% retroativo a março e que haja efetiva reposição salarial.

Educação Superior

Na câmara da Educação Superior, quarta rodada retomou o assunto do reajuste, já debatido anteriormente. Os representantes dos sindicatos dos técnicos e administrativos defenderam a posição de que um reajuste parcelado não é aceitável.

“Não podemos, de forma alguma, fortalecer a ideia de que, em épocas de crise, sempre sobra para o trabalhador. Lutamos pela não diminuição da massa salarial, por isso, é muito difícil que este lado da mesa aceite o parcelamento do INPC. Cada mês de salário não reajustado significará para o trabalhador uma perda de massa salarial. Precisamos recompor o INPC a partir de março”, defendeu Celso Woyciechowski.

O representante do Sintee Norte/RS, Rovane Napp, argumentou que o objetivo, de ambos os lados, deve ser superar a crise econômica sem sacrificar os trabalhadores. “Os custos da crise não podem cair apenas no colo do trabalhador. Devemos evoluir no sentido de construir uma alternativa para que os prejuízos não sejam arcados só por um dos lados”, salientou.

Após debatidos os pontos relacionados à questão econômica, foram abordadas a licença remunerada no final do ano, mudança do fator de desconto das mensalidades e a data comemorativa ao dia do trabalhador em educação.

Próxima rodada - A quinta rodada de negociações da Campanha Salarial 2016 está agendada para a próxima terça-feira (12/4), a partir das 15h30min, na sede do Sinepe/RS.